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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Questiona Livros: A Menina que Não Sabia Ler, de John Harding

O livro conta a história de dois irmãos, Florence e Giles, que vivem no ano de 1891. Os irmãos são órfãos e meio abandonados pelo tio, e moram em uma casa grande e sinistra com seus criados. O tio não permite que Florence aprenda a ler (ele é contra a educação das mulheres... Eu diria que é machista, porém devemos lembrar que esse livro se passa em 1891), mas ela aprende do mesmo jeito, quando descobre a biblioteca secreta da casa em que vive. Sua vida é bem parada, principalmente quando seu irmão é enviado para uma escola - seu único divertimento é ficar na biblioteca e se preocupar com as horas do almoço e jantar, para que nenhum criado perceba seu sumiço e resolva procurá-la. Porém, quando seu irmão é "convidado a se retirar da escola", uma tutora é contratada para ele. De algum jeito que ninguém entende, ela morre no lago perto da casa, e outra tutora é contratada. Florence pode jurar que ela esconde algum segredo misterioso.

O livro é daqueles que ficam na sua cabeça vários dias depois que você termina de ler. São muitas questões não respondidas e não aconselho a ler se você for muito medroso, porém, quando você começa, é bem difícil de parar a partir da segunda parte - a primeira é bem parada (bem parada mesmo), e conta apenas sobre o dia-a-dia de Florence se escondendo na biblioteca e fugindo de visitas desagradáveis. Porém, a partir de quando a tutora chega, você fica confuso e ansioso, e talvez tenha até que reler a mesma parte duas vezes (ou três) para confirmar se é aquilo mesmo que você entendeu. Pra vocês terem uma ideia, eu levei uma semana pra ler a primeira parte, e apenas um dia pra ler as outras.

Só não se engane pelas aparências (literalmente) e pense que é um livro bobinho infanto-juvenil, porque no começo é mesmo, mas depois fica algo bem mais pesado e até assustador, e você vê que de bobinho não tem nada. É fácil de duvidar que a Florence tem apenas 12 anos, porque é muito corajosa e sábia - em alguma frases é fácil perceber isso: 

"Você já pensou como seria estar morto? Às vezes acho que sei tão bem que já devo ter morrido e estou caminhando no exterior, como fantasma (...) Muitas vezes, à noite, faço a cama apertada e depois entro debaixo das cobertas e deito com os braços rígidos dos lados, como se estivesse dentro do meu caixão."

"(...) sentia que estava nos observando, os olhos estranhamente entreabertos, como os de um réptil, por isso eu tinha essa sensação de que ela havia engolido uma cobra ou um lagarto, que estava preso dentro dela, que tinha tomado seu corpo e agora olhava cobiçosamente através de seus olhos."

"Mas então percebi que o barulho não era fixo, e sim algo em movimento que, além disso, estava vindo na minha direção. Um minuto depois, reconheci o som do farfalhar de saias contra o assoalho. Quem quer que fosse, estava, como eu, sem velas, e mesmo assim era capaz de movimentar-se em um ritmo considerável, de forma que ela - só podia ser de mulher aquele barulho - logo estaria em cima de mim"

Também não espere por algo muito esclarecedor, porque você fica o tempo todo se perguntando se algo é real ou não. 
Júlia

P.S.: Acabei de descobrir que existe o volume 2, o qual não sei se compro ou não, porque por um lado quero ter algumas respostas e por outro tenho medo que ele só deixe mais perguntas e não explique nada.



quinta-feira, 13 de março de 2014

Questiona livros : O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder



Primeiramente, meu nome é Laryssa e eu vou fazer o possível para voltar a escrever bem e fazer posts bons aqui. Se essa é sua primeira visita ao blog, seja muito bem-vindo! Se não, sejam bem-vindos também, mas vocês já me conhecem, já sabem que eu tenho bloqueios criativos e que simplesmente paro de postar nessas ocasiões, então ignorem o meu sumiço porque cá estou eu de novo, me esforçando para escrever algo realmente bom - sério, ando escrevendo muito mal ultimamente, estou até com medo.
Mas enfim, o que eu vim fazer aqui na verdade é uma resenha sobre um livro que acabei de ler hoje : O Mundo de Sofia. É basicamente sobre uma garota chamada Sofia Amundsen que começa a receber cartas anônimas com perguntas peculiares (ok, eu sei, Júlia) e acaba aprendendo sobre a história da filosofia. Porém, juntamente com seu curso filosófico de correio ela encontra cartões de aniversário suspeitos que na verdade são endereçados a uma pessoa que completa 15 anos no mesmo dia que ela.

Bom, o livro já começa daquela jeito que nos prende : como se já conhecêssemos o personagem em sua rotina, até que algo de estranho acontece. E esse algo é, obviamente, misterioso. Afinal, não é todo dia que se encontra na caixa de correio perguntas como "Quem é você?" e "Como surgiu o Universo?". Na verdade, é esse o ponto mais importante, o fazer pensar. Porque ao mesmo tempo que essas perguntas exigem a reflexão de Sofia, elas também exigem isso de nós.

Após plantar cuidadosamente a sementinha de dúvida em nossas mentes, o autor experimenta regá-la em doses significativas a cada capítulo, fazendo não só novas perguntas como fornecendo possíveis respostas de pensadores que viveram desde a Grécia Antiga, o "berço" da filosofia.

Então, Jostein vai além das dúvidas criadas a partir do aprendizado de cada filosofia e investe na questão exterior, em tudo que nos cerca. Ele aplica essas teorias na prática e nos faz parar para pensar se o que entendemos por "mundo" é tão simples e explicadinho como estamos acostumados a aceitá-lo.

Com uma surpresa atrás da outra, a única palavra que melhor descreve o livro na minha opinião seria "cativante", sendo que podemos acrescentar um "extremamente" antes dela para que seja melhor descrita a sensação proporcionada pelas belas e cheirosas 551 páginas.

É um livro que recomendo muito recomendado, mas que alerto : não se assuste, você vai ficar inquieto depois de lê-lo e pode até se sentir mais burro. Mas vai por mim, vale demais a pena e tem um final realmente surpreendente, não o tipo de surpresa "ó, eles ficaram juntos depois de tudo o que passaram", é mais do tipo que te deixa sem palavras mesmo. E é do tipo que se lê mais de uma vez, coisa que pretendo fazer quando começar a esquecer detalhes da história :)

Laryssa

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Questiona livros : A Invenção de Hugo Cabret

A história do livro se passa na Paris da década de 1930, mais especificamente em uma de suas estações ferroviárias. Ela narra as aventuras de Hugo Cabret, um órfão com admiráveis habilidades mecânicas e um grande segredo que guarda desde a morte de seu pai.


Há também uma adaptação cinematográfica fantástica, a qual eu assisti antes de ler o livro e a qual foi ganhadora de cinco, CINCO Oscars e um Globo de Ouro. O que mais me surpreendeu, apesar de não tão relevante quanto o contexto em si, foram as escolhas dos atores : eles são idênticos aos das ilustrações. Enfim, eu estou aqui para falar do livro, e não do filme, então vamos lá :

Esse foi, sem dúvida alguma, o livro mais lindo em termos visuais que eu já li até hoje. É repleto de desenhos de um estilo único feitos pelo próprio autor, e as páginas que não contém essas maravilhas possuem um contorno preto que dão um "TCHAM" na aparência em geral.



Por conta desses vários desenhos e poucas palavras, a leitura é extremamente rápida e descontraída. Olhando-se de fora a impressão que temos é a de que demoraríamos quase um mês para ler aquilo tudo, mas o que acontece de verdade é que acabamos em no máximo três horas.

Sobre o enredo, não há o que reclamar. Deixa o leitor curioso e empolgado com os acontecimentos suspeitos e possui um desfecho não só inesperado como também um tanto quanto...cultural. Isso porque um dos personagens existiu de verdade e realizou coisas de verdade. Resumindo, a minha curiosidade não parou depois do fim do livro e eu fui obrigada a pesquisar sobre o ser que realmente já pisou na superfície da Terra.

Além de todos esses fatores que fazem da leitura mais breve e divertida, ainda devo citar a simplicidade na escrita de Brian Selznick, o que torna fácil o entendimento e entretenimento do leitor. Com certeza é um livro que eu recomendo para todo mundo, principalmente para aqueles que gostam de sonhar com a realidade.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Questiona livros : Starters

Esse foi um livro que ganhei do Jônatas de aniversário. É um livro realmente atraente, com uma bela ilustração na capa (a qual é espelhada e em alto relevo) e uma descrição que faz qualquer um se arrepiar de curiosidade. Faço questão de transcrevê-la aqui, só para dar-lhes um gostinho de quero mais :


"Uma garota com uma escolha terrível. 

  
Seus pais? Mortos.
Seu irmão? Doente

Sua saída? Ser vendida 
para ser outra pessoa.
Em quem ela pode confiar?
NINGUÉM."



Bom, continuemos com a minha primeira impressão do livro...de início não reparei no que havia escrito abaixo do subtítulo (o qual diz Sobreviver é apenas o começo), mas então me deparei com a frase "Fãs de Jogos Vorazes vão adorar". Pô, se for assim, vou adorar então!
Então, dei início a minha leitura anteontem. Como já podia-se perceber pela descrição, o livro realmente te deixa morrendo de curiosidade e com uma vontade enorme de descobrir logo a trama toda. Mas sempre com aquele remorso de voltar a ter depressão pós-livro. 
Enfim, vamos logo para a crítica :

Assim como em Jogos Vorazes, a narrativa é feita na primeira pessoa, a qual é uma garota (essa chamada Callie). E assim como em Jogos Vorazes, ela conta todos os seus pensamentos e sentimentos, os quais são confusos. E assim como em Jogos Vorazes, ela tem um irmão mais novo a proteger, pois assim como em Jogos Vorazes, seu pai morreu (mas no caso de Starters, sua mãe também morreu). Assim como em Jogos Vorazes, há um cara misterioso proprietário de muito poder que tem uma flor que representa a sua personalidade agonizante. E assim como em Jogos Vorazes, ela é dividida entre dois amores, sendo um um velho amigo, e o outro um recém-"conhecido". Mas Jogos Vorazes é ótimo, assim como este livro.

A história é muito, muito, muito boa e interessante. A leitura prende mesmo, li em três dias (foi bastante ainda - eu não gosto de me gabar como certas pessoas que fazem um carnaval por lerem um livro de 100 páginas em 2 dias u.u). E é algo a se pensar, pois se trata do nosso possível futuro. Há sim uma grande, talvez até ENORME possibilidade do mundo ficar assim, cheio de guerras devastadoras com suas máquinas tecnológicas mortíferas, velhos arrependidos e crianças sem futuro. Eu sei, uma ideia pessimista, mas uma ideia possível.

Ah, e quando eu terminei aquele pedaço do paraíso, quando li a última frase, do último parágrafo, da última folha...eu pensei "Não. Esse não pode ser o fim. Esse DEFINITIVAMENTE não pode ser o fim. Parece mais um final de capítulo, com aquela sensação de mistério ou...ou de um novo livro para esclarecer tudo aquilo". Pesquisei, então, para ver se aquela era a única edição da história e...BAM! Me deparo com Enders, continuação do livro. Ele já saiu? Já. Em Português? Não. Bom, aguardarei impacientemente. Se alguém souber quando ele vai sair/saiu, me avise, necessito demais (Ah, esquece, achei aqui. Ta previsto para dia 04 de julho de 2013. AEEEE TA PERTO, MEUS DEUSES \O/)
Aqui uma imagem da figura da capa :



É isso, super recomendo o livro.

P.S.: Obrigada pelo presente Jônatas, amei de verdade :3 (ah, e eu te empresto depois ashahs)


Laryssa

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Questiona livros : Leituras vorazes

Como prometido, aqui estou eu iniciando um post sobre Jogos Vorazes, um "tributo" a essa divina trilogia. Não se preocupem, o texto não conterá spoiler algum de qualquer um dos três livros, só quero fazer com que vocês fiquem curiosos e o leiam, vale demais a pena.
Para começar, a história se passa numa suposta futura América do Norte. Um único país dividido em 13 distritos e uma central de governo (a Capital), denominado Panem.
Graças aos Dias Escuros, data em que um dos distritos (não vou contar qual porque pode ter uma certa importância mais pra frente) se rebelou contra o controle absoluto da Capital, anualmente realizam os denominados Jogos Vorazes. Trata-se de um tributo de cada sexo dos 12 restantes distritos sorteados para competirem até restar somente um em uma arena controlada pelos Idealizadores dos Jogos. É basicamente um reallity show aonde as pessoas realmente lutam até haver apenas um vencedor.
A trama é narrada por Katniss Everdeen, a personagem principal da mesma. É interessante o modo como ela coloca as situações por ela vividas, seus sentimentos e pensamentos mais obscuros escritos até certo ponto cômica, mas ao mesmo tempo dramaticamente. A história, apesar de fictícia, retrata muitos aspectos reais sobre a humanidade, a guerra e o poder. Em certo ponto chega a ser perturbador para aqueles não acostumados com tais assuntos ou com os momentos mais sangrentos e violentos do livro. Mas olha, se até eu resisti e me apaixonei pela saga, acho impossível alguém reclamar de nojo das batalhas...
Enfim, o livro não se trata apenas de guerra, poder e destruição, mas leva consigo um toque de romance. Um romance confuso e difícil, quase impossível, mas um romance. E eu acho que é isso o que conquista tantos fãs leitores de sua trilogia, o fato de combinar diferentes assuntos em uma só trama e fazê-la polêmica e reflexiva.
Para você que ao ler o nome "Jogos Vorazes" se lembrou de ter visto um filme com esse nome, tem sim um baseado no livro. Eu assisti, gostei, mas nada comparado aos livros. Achei até bem fiel à história original comparando com a maioria das adaptações (como percy jackson, por exemplo), apesar de alguns detalhes ocultos ou modificados. Mas mesmo assim, mil vezes recomendo o livro, mas se quiser assistir ao filme, recomendo também assistir depois de tê-lo lido. Acreditem, é muito melhor assim, o livro fica menos previsível.
Sobre os personagens, enquanto alguns são definitivamente apaixonantes, outros chegam a ser desprezíveis por sua crueldade e atitude desumana (ou seria uma atitude de um real ser humano, sendo essa uma raça também desprezível, segundo o livro? Concordo em boas partes com isso).
O que tenho a dizer é : deixe a preguiça e preconceito com a leitura de lado, economize algum dinheiro que gastaria com algo desnecessário e compre a trilogia. Ou o primeiro livro apenas, caso queira antes ter uma ideia básica sobre do que se trata a história e se gosta do modo como é contada. Mas sugiro pegar direto os três, porque a curiosidade mata a cada final de capítulo, imagina de cada livro então. Suzanne Collins deve ser reconhecida pelo seu enorme dom em acabar cada santo capítulo com uma frase de efeito muito bem bolada. E isso gruda qualquer leitor (principalmente os já aptos à leitura) no livro, foi difícil até pra largá-lo para uma refeição.
Então é isso, se alguém algum dia vier falar pra mim que Jogos Vorazes é uma droga, direi simplesmente "concordo plenamente, é mais que viciante" (é morfináceo pff). Eu me surpreendi com a história, não é nada dessas bobeirinhas fracas que viram moda hoje em dia, achei muito bom mesmo.
Até mais com a minha próxima crítica, tributo, comentário, etc sobre algum livro que li recentemente. É isso aí, acabei de transformar isso num quadro MUAHAHAHA vão ter que me aturar falando de livros :3 mas é pro bem de vocês, ler estimula o cérebro, seus bacaiaus.

Laryssa