segunda-feira, 11 de março de 2013

Crianças

Como vocês devem saber, eu adoro crianças (caso você não saiba, peça pra Laryssa te mostrar os vídeos do aniversário da Victória... Eu fui a única gentil com a priminha e irmã da Vi, e elas ficaram grudadas em mim até o fim da festa).
E esses dias eu ando brincando muito com meus priminhos, e ando percebendo que cada dia é mais difícil agradá-los. Foi-se a época em que você dava um pedaço de pano pra uma criança e ela ficava feliz inventando histórias e roupas com ele. Foi-se a época de quando você dava canetinhas e uma folha e elas desenhavam e paravam de chorar.
Nunca pensei que fosse dizer isso, e acho que talvez estou ficando velha, mas acho que, talvez crianças não devessem mexer na internet. Ou até assistir televisão. É que agora elas não inventam mais nada. Assistem os programas e querem imitá-los, e preferem mil vezes jogar videogame a brincar com carrinhos. E o pior é que a maioria dos programas tem aquela tela verde, onde eles criam cenários maravilhosos, e algumas crianças não querem brincar até que o cenário da tela esteja completamente reproduzido.
A questão é que hoje em dia não existe mais inocência, não existe mais criatividade. Se você der um pedaço de pano pra uma criança é capaz de ela te enforcar com ele e sair por aí gritando palavrões.
E o quanto eu fui sortuda de ter nascido na época que nasci. E de ter uma infância de verdade, com revistas de pintar, desenhos animados, bichos de pelúcia, fadas, duendes, arco-íris, unicórnios, glitter, princesas, areia, tinta, bonecas de pano, muuuitos doces e muuuuitos primos (foram tantas brincadeiras que eu poderia fazer uma postagem inteira falando disso, mas não vou, porque ninguém quer saber). E nada de maquiagem, exigências de roupas, joias, ou algo do tipo.
Júlia
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
P.S.: Os nomes de alguns de meus bichos de pelúcia eram: Dagoberto, Dagosinho (eram irmãos), Porca Joana, Porca Joaninha (eram irmãs), Espeludo, Lu, Mauricio, Paulo, Lindinha, Moniquinha, Caracol (eram irmãos também), Rosilda (mãe da Moniquinha e Caracol) Guto,  Piu Piu e outros que, me perdoem, mas eu esqueci, porque eu tenho uma cachorra neurótica que sequestra meus bichinhos, portanto tivemos que escondê-los no fundo do guarda-roupa e eu nunca mais os vi.
P.S.S.: Minhas bonecas de pano se chamavam Cíntia, Tainá (irmãs), Jaqueline, Pâmela, Pam, Letícia (ela literalmente salvou minha vida. Longa história), Mel, Melissa (também irmãs), Jaqueline, e também tinha as de plástico, a Nayara, Jaqueline (essa é outra), Cinderela, Gabriela, Careca (que era careca (dã) e que mais tarde sua cabeça foi usada para fazer um monstro numa maquete de Halloween) e eu já tive outras que foram jogadas fora por adultos que nunca entenderão o quanto eu lamento por eles não terem consideração por bonecas de 1,99 sem cabelo, pernas e braços.
P.S.S.S.: Aquela foto é no dia das crianças na minha antiga escola, em 2007.

Nenhum comentário:

Postar um comentário